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Unicórnios
Sheyla Arendt


Ofereço este livro ao magnífico animal que inspirou a mim estas páginas

Capítulo 01: HISTÓRIA

O unicórnio é uma das espécies mais antigas de animal que a humanidade tem conhecimento e esteve com ela durante toda sua história.
Os primeiros registros da presença deste animal remontam ainda a Antiguidade. Estes animais ocupavam toda a superfície terrestre, tanto no mundo bruxo quanto no trouxa, mas eram bastante difíceis de serem vistos por estes últimos. Eram e ainda são considerados animais sagrados por ambos os mundos.
Com o desenvolvimento da sociedade humana e sua crescente ocupação da superfície terrestre, o número de unicórnios diminuiu consideravelmente. Isto ocorreu principalmente no mundo dos trouxas, onde a espécie entrou em extinção e virou lenda, devido à caça descontrolada em busca de seu chifre, que possuía grande valor monetário e de cura. E hoje não há vestígios de sua presença em locais não-mágicos.
No mundo bruxo, estes extraordinários animais encontraram segurança, pois são respeitados e tiveram seus poderes mágicos reconhecidos. E, atualmente, vivem em florestas selvagens e fechadas, onde possam estar livres e não possuem predadores. Este é um ponto crucial de sua existência, a liberdade, por isso não há como criar tais animais em cativeiro.

Capítulo 02: O ANIMAL

Não se pode afirmar com certeza como um unicórnio nasce, já que não há registros de que algum humano, bruxo ou não, tenha presenciado tal momento. Tem-se conhecimento de sua vida a partir dos 3 meses de idade, quando já é capaz de acompanhar sua mãe, e não se sabe ao certo quantos anos este animal é capaz de viver.

filhote de unicórnio

Até os 8 meses, possui pêlo de cor dourada pura, com o chifre um pouco frágil que ainda não apresenta as espirais características. Suas mudas, tanto as de pêlo quanto as de chifre,são esporádicas. Ainda é considerado um bebê e depende dos mais velhos.
Sua maturidade é alcançada quando completa os 10 meses, podendo seu dorso chegar a ter 1,70m. É quando passa a viver sozinho, juntando-se a outros somente na época de reprodução. O dourado de seu pêlo é completamente substituído por um branco imaculado, podendo ser usado na fabricação de varinhas. Seu chifre alcança o tamanho definitivo e passa a sofrer mudas periódicas, podendo ser usado na preparação de poções.

unicórnio adulto

Capítulo 03: ESTRUTURA

AOs trouxas, devido à ausência de tais criaturas em seu mundo, têm uma descrição equivocada a respeito dos unicórnios. Muitos livros antigos deste povo o descrevem como uma besta extremamente feroz, similar em corpo a um cavalo, com cabeça de cervo, casco de elefante, cauda de javali, voz profunda e chifre negro. Certamente uma visão bastante criativa e irreal.
Na realidade, o unicórnio possui um corpo visão trouxa branco puro que se assemelha ao do cavalo em porte e fisicamente, com a crina e a calda bastante longos e também brancos, como todo o animal.
Seu chifre, que sai da parte central de sua fronte, pode chegar a meio metro de comprimento. Este apresenta espirais únicos de cada animal, como as impressões digitais humanas, que são responsáveis pela concentração de magia em sua ponta. É devido a esse acúmulo de magia que seu chifre é bastante utilizado no preparo de poções, pois possui um poder de proteção e cura para qualquer veneno.

As patas do unicórnio são bastante fortes, finas e com músculos delineados, devido à sua vida nômade, e que lhe dá muita rapidez e agilidade. Possuem ainda cascos divididos em três partes, similar ao do elefante, e lisos e sólidos em sua parte inferior, o que os permite uma boa movimentação em qualquer tipo de terreno.
Seu pêlo é curto e cobre todo o animal. Apresenta-se macio e numeroso durante todo o ano, mesmo na época de muda, assim como a crina e calda. É neste período que os fabricantes de varinhas obtêm suas matérias-primas sem apresentar perigo ou ferir o animal.
O sangue do unicórnio é viscoso, de um prateado único e, assim como todo o animal, possui grandes poderes mágicos. Atribui-se ao seu sangue o poder de trazer a vida àqueles que estão à beira da morte ou condenados a uma semivida. Entretanto a única forma de conseguí-lo é sacrificando o animal, que, além de precisar de uma magia negra bastante forte, amaldiçoa a pessoa a partir do momento que o sangue lhe toca os lábios. A maldição foi o castigo por este indivíduo que demonstrou uma maldade e egoísmo extremo quando matou algo tão puro e inocente.

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