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Esfinges
Sheyla Arendt

Os centauros são seres da floresta, metade homem e metade cavalo, que evitam a companhia de homens. Eles gostam de lugares calmos, como pastagens e florestas, onde podem habitar sem ser incomodados por humanos ou raças malignas.
Estes seres estão ligados à honra e à proteção de sua raça. Os centauros protegem sua raça com todas as forças, especialmente as fêmeas e as crianças, e os mais antigos. São orgulhosos, corajosos e reclusos, dificilmente fazendo amigos entre os humanos. Quando um centauro se liga por amizade a um grupo, esse elo só pode ser quebrado com a morte. Os centauros são honrados e justos. Todos são quietos e pacatos, embora se alterem completamente sobre efeito do álcool. Eles não gostam de ambientes fechados, preferindo grandes áreas, onde podem disparar seus arcos e correr livremente. Alguns deles possuem medo de altura, que os faz tomar atitudes violentas quando expostos a locais muito altos e desprotegidos.

Eles são exímios arqueiros, fortes, rápidos, ágeis e habilidosos guerreiros. Caçam pequenos animais para sobreviver. Os centauros vivem em harmonia com a natureza, e muitos nunca chegam a sair de suas tribos, pequenos grupos, mas alguns decidem se aventurar no mundo dos humanos, e ter uma vida de aventuras. Possuem grande resistência contra doenças.
Possuem uma certa habilidade em compreender os movimentos dos planetas. É uma arte ensinada a todos os seus descendentes. Mas não transmitem os seus ensinamentos e predições a nenhum humano.
Houve um tempo em que eles conviviam com os humanos, até a Antiguidade Ocidental. Seu afastamento do convívio humano deveu-se a conflitos devido a divergência de interesses: os centauros são mais ligados à natureza, enquanto os homens querem o desenvolvimento da tecnologia. Alguns conflitos ocorreram também por causa da embriaguez: os centauros se excediam na bebida e causavam certas brigas em festas.

O mito grego dos centauros

Os centauros da Grécia Antiga habitavam as planícies da Arcádia e da Tessália. Segundo a lenda, era filho de Ixíon, rei dos lápitas, e de Nefele, deusa das nuvens, ou então de Apolo e Hebe. A história mitológica dos centauros está quase sempre associada a episódios de barbárie. Convidados para o casamento de Pirítoo, rei dos lápitas, os centauros, enlouquecidos pelo vinho, tentaram raptar a noiva, desencadeando-se ali uma terrível batalha. O episódio está retratado nos frisos do Pártenon e foi um motivo freqüente nas obras de arte pagãs e renascentistas. Os centauros também teriam lutado contra Héracles, que os teria expulsado do cabo Mália.
Nem todos os centauros apareciam caracterizados como seres selvagens. Um deles, Quirão (ou Chiron), foi instrutor e professor de Aquiles, Heráclito, Jasão e outros heróis, entre os quais Asclépio. Entretanto, enquanto grupo, foram notórias personificações da violência, como se vê em Sófocles. Nos tempos helênicos se relacionavam freqüentemente com Eros e Dionísio.

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